Presidente mobiliza soldados para restabelecer paz e ordem em Tacloban

Autoridades confirmam pilhagens e violência na cidade devastada pelo super tufão Haiyan.

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“É preciso restabelecer a paz e a ordem”, disse o Presidente, que visitou a cidade, que serve de capital à província de Leyte, no centro do país.

Com os acessos cortados, sem abastecimento eléctrico e telecomunicações, as equipas de emergência debatem-se com sérias dificuldades para distribuir ajuda

À BBC, o administrador da cidade, Tecsom John Lim, identificava uma dificuldade acrescida: “Não temos pessoal para responder à situação. Só temos 2000 funcionários, e desses só cem é que se apresentaram ao trabalho. A maior parte ou está a tratar das suas famílias ou está desaparecida”, observou.

Lim confirmou os relatos de saques e pilhagens em curso na cidade. “Sim, estão a acontecer nas lojas dos centros comerciais e nos supermercados. As pessoas estão desesperadas por água ou comida, e estão a levar tudo o que pensam que pode ser trocado por comida”, referiu.

Um professor de Tacloban entrevistado pela AFP dizia que “as pessoas estão a enlouquecer, algumas de fome, outras de dor por terem perdido toda a família. “A tensão e a violência estão a aumentar, as pessoas estão a saquear os supermercados em busca de leite, arroz. Se a situação se prolongar, na próxima semana vão estar a matar-se uns aos outros, com fome”, antecipou.

Na sua breve declaração em Tacloban, o President filipino disse que a prioridade do Governo era restabelecer as comunicações e o acesso às áreas isoladas, para poder ser prestada a assistência médica e humanitária às vítimas da tempestade.

O presidente da Cruz Vermelha das Filipinas, Richard Gordon, disse que a chegada de equipamento médico e de mantimentos à cidade poderá demorar pelo menos mais dois dias. “Estamos a sentir tremendas dificuldades para poder distribuir a ajuda”, disse à CNN.

A porta-voz do Programa Alimentar das Nações Unidas, Bettina Luescher, disse que a organização tinha já garantido o envio de mantimentos para 120 mil pessoas. “Estamos a falar de refeições altamente energéticas”, notou.
 
 

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