Governo insiste no plafonamento das pensões
Comissão para fazer reforma da Segurança Social será nomeada em 2014.
“O Governo deve nomear, em 2014, uma comissão de reforma da Segurança Social, constituída por especialistas e peritos de destacado mérito, politicamente abrangente, de modo a consolidar uma proposta de reforma que, em qualquer caso, só poderá inspirar um projecto legislativo quando o crescimento do PIB atingir 2%”, lê-se no documento.
Na área da Segurança Social, a proposta de guião recupera algumas das ideias que já estavam no programa do Governo e que nunca avançaram ou que eram sugeridas no relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a reforma da despesa do Estado. É o caso do plafonamento das contribuições e a criação de um valor máximo para as pensões pagas pelo Estado. No caso do plafonamento, a ideia é seguir um modelo de adesão individual e voluntária, com efeitos apenas no futuro e apenas a partir de um certo limite de rendimentos, “a definir consensualmente”. Até esse limite mantém-se a “obrigatoriedade do desconto para o sistema público”, refere a proposta.
Adicionalmente, o Governo quer debater a imposição de “um valor máximo para as pensões que o Estado paga”. O estudo do FMI apontava para um tecto máximo de 12 IAS (5030 euros).
Paulo Portas destacou ainda a necessidade de assegurar a actualização anual das pensões mais baixas, pelo menos ao nível da inflação.