Grevistas e PSP impedem camiões privados de levar correspondência da central dos CTT
Cada camião tinha dimensão suficiente para transportar cerca de 10 mil cartas.
Num primeiro momento, o piquete de greve dos trabalhadores dos Correios de Portugal (CTT) impediu que os dois camiões de grande capacidade, que se encontravam no parque de estacionamento da empresa, saíssem das instalações.
Os membros da empresa privada, que, segundo relatou à agência Lusa António Fazenda - um dos elementos que compunha o piquete de greve - foram contratados pela administração dos CTT, chamaram então a Polícia de Segurança Pública (PSP) para tentarem seguir o seu caminho.
Porém, os elementos do piquete de greve alertaram a polícia para o facto de os referidos camiões não disporem de guias de transporte da mercadoria, algo que as autoridades confirmaram.
Assim, ambos os camiões ficaram retidos no Centro de Tratamento de Correio de Cabo Ruivo.
António Fazenda revelou ainda à Lusa que, além dos dois camiões que eram facilmente visíveis a partir do exterior do edifício dos CTT, havia outras viaturas também contratadas para fazer o transporte da correspondência que, habitualmente, é feita pelos profissionais dos correios.
Numa rua paralela, a Lusa constatou que se encontravam outros quatro camiões, de menor dimensão, pertencentes à mesma empresa de transportes.
"Impedimos que os camiões saíssem das nossas instalações e os motoristas da empresa privada chamaram a polícia. O piquete [de greve] pediu à PSP para verificar as viaturas e [a polícia] constatou que faltavam as guias de transporte. Por isso, foram impedidos de sair", descreveu António Fazenda.
De acordo com o sindicalista, cada camião tinha dimensão suficiente para transportar cerca de 10 mil cartas.