Esta convenção, que será um processo e não um momento — e que prepara as bases do programa de um futuro governo —, pretende encontrar “soluções para o futuro do país” e envolver várias forças da sociedade.

“Queremos envolver parceiros sociais, instituições, IPPS, todos os movimentos sociais, para encontrar soluções para os problemas dos portugueses. É isso, verdadeiramente, que nos preocupa. Há milhões de portugueses a sofrer, a ter dificuldades, e esta vitória das autárquicas aumenta a nossa responsabilidade no sentido de criar as condições para um novo projecto e um novo governo também”, disse, frisando que o PS está assim focado em delinear “propostas concretas para ajudar as famílias e as pequenas e médias empresas” e “criar as melhores soluções para o futuro do país”.

Antes da reunião, à entrada da sede, no Largo do Rato, em Lisboa, o líder parlamentar Carlos Zorrinho já tinha dito que, para além da análise da “vitória muito saborosa” que PS teve nas eleições autárquicas, os socialistas iriam também discutir a situação económica do país: “Vamos analisar o futuro”, afirmou, considerando que quinta-feira se ficou a saber que, “para além de um pacote de empobrecimento”, o governo vai ainda aplicar “mais medidas de austeridade em cima da economia portuguesa”.

“Temos muito com que agir”, considerou Zorrinho, frisando que os dois temas mais importantes em discussão serão “a grande vitória autárquica” e “o problema dos portugueses”.

O PS já tinha considerado que a conclusão das 8.ª e 9ª avaliações a Portugal pela troika indicia que, em 2014, os portugueses irão sofrer mais austeridade, um dado que a "propaganda" do Governo não conseguirá "disfarçar".

"O Governo e a troika apresentam mais uma avaliação positiva com o resultado de sempre: mais austeridade para os portugueses”, declarou Eurico Brilhante Dias, membro do Secretariado Nacional do PS, sustentando a sua posição com o facto de se manter o corte de 4,7 mil milhões de euros.

"Por isso, em 2014, por vontade do Governo, os portugueses irão sofrer mais austeridade. Não há propaganda do Governo que possa disfarçar", declarou o dirigente socialista.

Notícia actualizada às 1h45 de 04/10: acrescenta declarações do dirigente socialista Miguel Laranjeiro à saída da reunião do Conselho Nacional