Presidente da Associação de Lisboa acusa dirigente do FC Porto de o ter agredido
Nuno Lobo também diz que Pinto da Costa o injuriou.
“Na altura do primeiro golo do Estoril, levei um murro, uma palmada forte nas costas que me projectou para a frente, até me amparar no muro da tribuna presidencial. Foi uma agressão do senhor Adelino Caldeira, não sei se com a mão fechada ou aberta”, contou à Agência Lusa o presidente da Associação de Futebol de Lisboa (AFL), Nuno Lobo, que assistiu à partida Estoril-FC Porto na tribuna presidencial do estádio da Amoreira.
Nuno Lobo descreveu as circunstâncias que antecederam a agressão: “No primeiro golo do FC Porto, toda a comitiva portista levantou-se e festejou o golo, como é natural. No golo do empate do Estoril, não me levantei por uma questão de respeito pelo adversário, como faço sempre, mesmo quanto defrontam equipas de Lisboa, mas cerrei o punho e pisquei o olho aos dirigentes do Estoril que estavam do lado direito, atrás de mim”.
Segundo o líder da AFL, foi “nesse momento que ocorreu a agressão” de Adelino Caldeira e “o início de injúrias verbais” por parte de elementos da comitiva portista, que se “prolongaram durante o resto do jogo”.
“No segundo golo do FC Porto, foi o senhor Pinto da Costa que me meteu os punhos à frente da cara, do meu nariz, para me picar, a ver se eu perdia a razão”, acrescentou Nuno Lobo, que acusa ainda o presidente portista de lhe ter lançado “vários impropérios”.
O presidente da AFL revelou, ainda, que assistiu ao jogo no lugar central da primeira fila da tribuna presidencial, “entre o seleccionador nacional, Paulo Bento, e o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa”, tendo nas suas costas, numa segunda fila, seis ou sete dirigentes portistas, “entre os quais o senhor Adelino Caldeira”, que lhe “desferiu a pancada nas costas”.
Em função da gravidade da ocorrência, Nuno Lobo promete tomar medidas: “Vou avançar com uma queixa-crime por agressão e injúrias verbais, das quais são testemunhas as pessoas que estavam nos camarotes adjacentes”.
“A própria Guarda Nacional Republicana (GNR) identificou essas pessoas para testemunharem no processo-crime. Aliás, toda a gente que estava na bancada viu o que se passou”, disse.
No final da partida, que terminou empatada (2-2), Nuno Lobo teve mesmo de “sair escoltado por segurança privada e policial”, depois de ter sido “cercado por cinco ou seis elementos da comitiva portista”, dos quais “o mais exaltado era Pinto da Costa e no qual se encontrava, também, Adelino Caldeira”.
Em resposta a estas acusações, fonte oficial do FC Porto disse à Agência Lusa que “o presidente da Associação de Futebol de Lisboa é mentiroso, provocador e ridículo”.