PS vai apresentar diploma para repor oferta generalizada do Inglês
António José Seguro falava no início de um almoço-comício de apoio à candidatura de Custódio Oliveira à Câmara Municipal de Famalicão, depois de ter feito uma arruada no centro desta cidade do distrito de Braga.
“Não podemos aceitar o fim da oferta generalizada do Inglês e vamos lutar contra ela. Tomaremos uma iniciativa na Assembleia da República no sentido de voltar a repor a oferta generalizada do Inglês em todas as escolas do país para o primeiro ciclo. Este é o nosso compromisso, esta é a nossa responsabilidade, porque a educação é uma prioridade”, declarou o líder socialista.
Na sua intervenção, Seguro repetiu a tese que já apresentara no início da semana em Évora, dizendo que Portugal assiste ao “maior ataque à escola pública” desde o início da democracia.
“Graças ao Governo socialista, todos os alunos dos quatro anos do primeiro ciclo tinham oferta generalizada de Inglês, mas, neste momento, o executivo [PSD/CDS] retirou essa oferta. Isso diz tudo: para este Governo, a educação não é prioridade”, declarou.
Mas, para o líder socialista, “o mais chocante” na recente medida do executivo é que, “retirando a oferta generalizada de Inglês, alguns alunos vão ter Inglês e outros não vão ter”. “Isso significa uma enorme desigualdade que não podemos aceitar”, acrescentou.
Neste ponto, o secretário-geral do PS considerou também que o fim da oferta generalizada de Inglês terá como consequência uma maior dificuldade dos mais jovens se inserirem no futuro em empresas internacionalizadas e no mercado global, o que prejudicará a competitividade económica nacional.
No seu discurso, Seguro disse que, na área da educação, “dói muito que tudo aquilo que levou anos a construir esteja a ser destruído de um momento para o outro”. “Quanto tempo levou criarmos escolas com turmas mais pequenas, escolas com turmas de apenas um ano? Mas, agora, de um momento para o outro, encontramos turmas com mais de 30 alunos e turmas com alunos de anos diferentes”, salientou.
Mas o secretário-geral do PS foi ainda mais longe no seu ataque à actual política educativa. “Há escolas com falta de pessoal, há escolas sem professores e, no entanto, há milhares de professores que foram para o desemprego, depois de terem trabalhado uma vida inteira. Este Governo não dá nenhuma prioridade à educação”, acrescentou.