O dedo do meio do rival de Merkel entrou na campanha eleitoral alemã

Peer Steinbrück respondeu a uma entrevista por gestos para uma revista alemã. A irreverência de uma das resposta pode ter-lhe custado o seu futuro político

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Steinbrück não esperava que a foto fosse parar à capa da revista JOHN MACDOUGALL/AFP

Steinbrück comentou a imagem dizendo que esperava que as pessoas entendessem o contexto, e que não esperava que a foto fosse parar à capa da revista. O contexto foi um tipo de entrevista que a revista costuma fazer, com um nome tipo “não diga nada agora”, em que os entrevistados respondem às perguntas com gestos. Uma das perguntas feitas a Steinbrück tinha a ver com todas as alcunhas que tem coleccionado graças às suas inúmeras gaffes. O candidato puxou da sua costela irreverente de Hamburgo e mostrou o dedo do meio em desafio. Mais tarde explicou que era a reacção ao ser questionado sobre coisas irrelevantes.

Numa altura em que os sociais-democratas tinham ganho um sofrido ponto percentual aos democratas-cristãos da chanceler Angela Merkel, segundo a última sondagem da TV pública ARD – 40% para a CDU, 28% para o SPD, e quando se estima que as hipóteses de regresso da coligação actual (democratas-cristãos e liberais) seja de 57,5%, é imprevisível o efeito do gesto. As eleições são já dia 22 de Setembro.

A CDU manteve-se silenciosa, mas outros partidos não demoraram a criticar Steinbrück. O líder dos liberais, parceiros de coligação de Merkel, Phillip Rösler, disse no Twitter que o gesto exclui Steinbrück da corrida. “Não se pode fazer isso”, defendeu.

Também do partido Die Linke (A Esquerda) veio uma reacção semelhante em relação ao dedo do meio: o gesto “marca o fim oficial da candidatura de Peer Steinbrück a chanceler”.

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