EUA já começaram a enviar armas e munições aos rebeldes sírios

Ajuda norte-americana também inclui veículos militares, mas também ambulâncias e carros de bombeiros.

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"É melhor que nada", dizem os rebeldes que gostariam de receber armamento mais pesado ABO SHUJA/AFP

Citando fontes americanas e sírias, o diário americano escreve que, nos últimos 15 dias, a CIA tem vindo a entregar carregamentos de ajuda material letal – armas ligeiras e munições - a partir de bases secretas na Turquia e na Jordânia. O jornal também escreve que o Departamento de Estado enviou veículos, equipamentos de comunicação sofisticados e kits médicos de combate.

Esta ajuda chega meses depois do Presidente Barack Obama ter anunciado que os EUA iriam aumentar a ajuda aos rebeldes sírios e num momento crucial no terreno de batalha, em que as forças de Bashar al-Assad tem vindo a somar importantes reconquistas de território.

O Washington Post cita responsáveis americanos que explicam que o objectivo deste importante reforço de assistência material é ajudar a reforçar a coesão entre os grupos armados da oposição síria.

Khaled Saleh, porta-voz da Coligação da Oposição Síria, disse que a ajuda de Washington é bem-vinda mas insuficiente para mudar a relação de forças no terreno. “Se compararmos aquilo que estamos a receber com o que Assad recebe do Irão e da Rússia, a verdade é que temos uma longa batalha pela frente.”

“É melhor que nada”, disse ao Washington Post um oficial da oposição síria sob anonimato, sublinhando que Washington continua relutante em entregar aos rebeldes aquilo de que eles mais precisam: baterias antiáereas e antitanque.

Para além do apoio militar que está a chegar essencialmente aos rebeldes que lutam sob o comando do general Salim Idriss – um militar de carreira que fala inglês fluentemente e que desertou do exército de Assad no ano passado –, oficiais americanos que operam a partir da Turquia também estão a trabalhar na promoção de líderes moderados nas cidades e vilas  nas áreas controladas por rebeldes.

Para contrariar a crescente influência de lideranças mais extremistas, a assistência norte-americana às comunidades civis traduz-se em formação em gestão municipal, mas também em camiões do lixo, ambulâncias e carros de bombeiros, entre outras coisas.

“Se virem carros de bombeiros ou ambulâncias novinhas em folha em sítios onde os homens da Jabhat al-Nusra [radicais extremistas ligados à Al-Qaeda que combatem as forças de Assad] estão a conquistar a confiança e o apoio das populações, acreditem que isso pode não ser uma coincidência”, disse ao jornal um oficial americano sob anonimato.

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