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BCE não pode resolver a crise da zona euro, diz líder do Bundesbank

Weidmann recusa abrandamento nas reformas estruturais.

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Jens Weidmann, presidente do banco central alemão Kai Pfaffenbach/Reuters

Weidmann vai falar neste domingo numa conferência de economistas em Aix-en-Provence (Sul de França), três dias depois de o BCE ter declarado que vai manter as taxas de juro em níveis historicamente baixos e admitido até novos cortes.

“A política monetária já fez muito para absorver as consequências da crise, mas não pode resolver a crise”, vai dizer Weidmann, num discurso que foi divulgado com antecedência aos jornalistas.

“Há um consenso no conselho de governadores. A crise mostrou deficiências estruturais. E, assim, exige soluções estruturais”, acrescenta o presidente do banco central alemão.

Weidmann, que é visto como o mais conservador dos 23 membros do conselho de governadores do BCE, não quer que o banco central intervenha muito fortemente na crise económica, permitindo que os governos abrandem as reformas.

“Para atingir totalmente o potencial da moeda única, são necessários esforços em duas frentes: reformas estruturais e abolição de garantias implícitas para os bancos e títulos da dívida”, acrescentará Weidmann, que também defende laços menos fortes entre bancos e governos.

Para o líder do Bundesbank, os bancos europeus detêm demasiados títulos da dívida soberana dos próprios países, pelo que propõe mudanças nas regras de capital.