Islândia recusa votar pedido de cidadania de Edward Snowden

Maioria dos deputados rejeita incluir tema na agenda no último dia antes das férias. Trabalhos do Parlamento só serão retomados em Setembro.

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Snowden estará no aeroporto russo de Cheremetievo desde 23 de Junho Thomas Peter/Reuters

A proposta, apresentada na quinta-feira à noite por um grupo de seis deputados encabeçado por Birgitta Jonsdottir, do Partido Pirata, chegou à Islândia através da WikiLeaks. Como o Parlamento islandês encerra nesta sexta-feira para um período de férias, a proposta teria de ser incluída na agenda para poder ser votada antes de Setembro, o que não aconteceu, por vontade da maioria.

"Snowden fez um pedido formal de cidadania. Mas agora nada irá acontecer. Nem sequer pudemos votar", disse Birgitta Jonsdottir à agência Reuters.

Depois de conhecida a decisão do Parlamento islandês, a organização WikiLeaks anunciou que Edward Snowden apresentou outros seis pedidos de asilo, a acrescentar aos 20 que estavam em cima da mesa. Através do Twitter, a WikiLeaks fez saber que não irá revelar quais são os países em causa por recear "tentativas de interferência dos EUA".

A maioria dos países a quem Edward Snowden pediu asilo já fez saber que o antigo analista contratado pela Agência de Segurança Interna norte-americana terá de se deslocar ao seu território para ver o pedido analisado.

"O facto de ele estar perante opções tão limitadas é frustrante", disse a porta-voz da WikiLeaks na Islândia, Kristinn Hrafnsson. "Não acredito que o novo governo conservador dê passos corajosos para ajudar o sr. Snowden", lamentou a porta-voz da WikiLeaks.

Para além das recusas da maioria dos países a quem pediu asilo, Edward Snowden enfrenta também a pressão crescente da Rússia. Na quinta-feira, o Presidente Vladimir Putin deixou claro que Snowden deve tomar uma decisão em breve, depois de ter retirado o pedido de asilo a Moscovo.

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