Briefings diários do Governo visam combater a desinformação

Pedro Lomba defende que a má comunicação alimenta o "sentimento antipolítica" e que a obrigação do Governo é dar "informação correcta e explicada".

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Pedro Lomba é a cara do Governo nos encontros com os jornalistas Enric Vives-Rubio

No primeiro briefing diário com a comunicação social, Pedro Lomba defendeu que a "informação correcta e explicada é uma das bases da democracia", indispensável para combater "a desinformação". "Pretendemos ter uma comunicação com maior integridade, respeito e transparência", acrescentou.

"Há hoje dois tipos de discurso político: um discurso técnico-político, demasiado complexo, e outro superficial e vazio, que alimenta o sentimento antipolítica. É nossa obrigação dar uma informação correcta e explicada", afirmou. "O Governo deve fornecer informação clara e necessária à comunicação social e aos cidadãos", justificou.

Reconhecendo que se trata de uma experiência nova em Portugal, o secretário de Estado de Poiares Maduro lembrou, no entanto, que esta prática é "comum noutras democracias consolidadas". E deu dois exemplos, embora com modelos diferentes e nenhum a ser seguido de perto pelo Governo: as conferências de imprensa do Governo norte-americano, dadas pelo porta-voz da Casa Branca e totalmente em on, e as reuniões diárias do Governo britânico com a imprensa, sempre em absoluto off the record. "Nós teremos um modelo flexível, que será adaptado às necessidades", sublinhou.

O primeiro briefing foi já representativo da estratégia do Governo. A presença da secretária de Estado do Tesouro para responder ao tema da passagem de informação sobre swaps entre o Governo anterior e o actual vinha ao encontro de um dos assuntos que têm vindo a abalar o executivo nos últimos dias.

Maria Luís Albuquerque fez uma declaração e respondeu a perguntas apenas em on, enquanto Pedro Lomba fez uma declaração em on e reservou a última parte do encontro para conversar com os jornalistas sobre os briefings.
 

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