Centrais sindicais criticam forma como se reduziu o défice
Tanto CGTP como UGT criticam que tenha sido à custa de aumentos de impostos que se baixou o défice.
"Mais uma vez são os trabalhadores, reformados e pensionistas a pagar a factura. A receita fiscal só sobe porque aumentou a pressão fiscal sobre quem trabalha", declarou Arménio Carlos aos jornalistas no final da reunião do Conselho Económico e Social (CES).
Por sua vez, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse que a central sindical "rejeita em absoluto" os dados da execução orçamental, conseguidos "à custa dos rendimentos do trabalho, das pensões e das reformas".
"Se é por via dos salários, devo dizer que é uma execução que rejeitamos em absoluto", considerou Carlos Silva, também no final da reunião do CES.
Os dirigentes sindicais comentavam os números da execução orçamental revelados pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), que aponta que o défice das administrações públicas melhorou 865 milhões de euros em Maio, de acordo com a contabilidade da troika devido ao aumento dos impostos directos, IRS e IRC, em 21,8%.