Ex-dirigente sindical detido por agressão a segurança da ministra refuta acusação

Manuel Cruz foi detido no momento em que Assunção Cristas entrava no Teatro José Lúcio da Silva para participar uma conferência em Leiria.

O ex-dirigente do Sindicato Metalúrgico, de 65 anos de idade, foi detido no momento em que Assunção Cristas entrava no Teatro José Lúcio da Silva para participar numa conferência sobre Como o planeamento pode dinamizar a economia e criar emprego.

Aquele militante do PCP acabaria por ser afastado pelos seguranças da ministra quando empunhava uma folha A4 onde se lia “Demissão Já”. Na sua reacção, terá, alegadamente, agredido com um soco, o agente da PSP a exercer funções de segurança da ministra, que lhe deu, de imediato, ordem de detenção.

Manuel Cruz acabaria por ser algemado e levado para uma viatura da PSP, perante o protesto das cerca de duas dezenas de manifestantes que se encontravam no local a gritarem várias palavras de ordem a exigirem a demissão do Governo.

Os manifestantes, ligados à União de Sindicatos do Distrito de Leiria e ao Sindicato dos Professores da Região Centro, não gostaram de assistir à detenção e aumentaram a onda de protesto, tendo agora como alvo, os agentes da PSP.

Manuel Cruz acabaria por sair da esquadra da PSP com Termo de Identidade e Residência, suspeito da prática de um crime de ofensa à integridade física a um agente de polícia.

Mais tarde, em declarações aos jornalistas, o ex-sindicalista negou peremptoriamente que tenha agredido “o cavalheiro violento” que “não estava identificado”. Pelo contrário, garante que quem foi agredido foi ele próprio “com pontapés” apresentando “lesões confirmados pelo hospital”, conforme relatório que iria entregar ao seu advogado. Razão que o levaram a apresentar queixa de agressão sobre “desconhecidos”.

Para Manuel Cruz, aquela situação só ocorreu devido ao “nervosismo que este Governo se encontra”. “Como não há a violência que esperavam, fazem eles essa própria violência”, frisa.
 

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