A informação foi avançada pelo marido da outra integrante das Pussy Riot que se encontra a cumprir uma pena de prisão, Nadezhda Tolokonnikova. Piotr Verzilov disse ainda que o estado de saúde de Aliokhina não inspira cuidados.
"A Maria disse que a administração da prisão promoveu uma visita especial à colónia, para lhe mostrar que as exigências dela tinham sido satisfeitas", disse Piotr Verzilov à agência AFP.
Maria Aliokhina foi condenada em Agosto do ano passado a dois anos de prisão, uma pena que está a cumprir na Colónia de Trabalhos Correccionais n.º 28, na cidade de Berezniki, nos Urais, a 1000 quilómetros de Moscovo.
Aliokhina iniciou uma greve de fome no dia 22 de Maio, depois de ter sido impedida de participar na audiência judicial que avaliava um pedido de liberdade condicional submetido pela sua advogada. Esse recurso veio a ser rejeitado pelo tribunal, que considerou que Maria Aliokhina não demonstrou arrependimento pelos seus crimes.
Numa carta aberta divulgada pela sua advogada, Irina Khrunova, lê-se que a direcção do estabelecimento prisional lançou uma operação de segurança penitenciária na véspera da audiência, com o objectivo encapotado de virar as companheiras de cela contra ela. Segundo explica na carta, as presidiárias – que antes podiam movimentar-se livremente entre as celas e os seus locais de trabalho – foram impedidas de circular sem a escolta de um guarda. As mulheres já tiveram de esperar mais de uma hora para poderem ir de um lado para o outro dentro da prisão.
A defesa de Maria Aliokhina já apresentou várias queixas formais sobre o seu tratamento na prisão. A integrante das Pussy Riot foi mantida durante cinco meses num regime de solitária depois de reclamar contra a intimidação de criminosas reincidentes que foram transferidas para a sua cela. Em Janeiro, a sua advogada apresentou uma queixa por violência e acusou as autoridades de falsificarem um relatório psiquiátrico.
As outras duas integrantes das Pussy Riot, Ieketarina Samutsevich e Nadezhda Tolokonnikova, que foram enviadas para diferentes prisões, também apresentaram recursos da sentença proferida em Agosto de 2012. Samutsevich acabou por ver a pena suspensa em Outubro, enquanto Tolokonnikova foi forçada a permanecer na cadeia até ao fim da pena.