Governo britânico admite ligação terrorista em ataque mortal em Londres
Dois homens mataram uma pessoa num ataque com armas brancas e uma pistola. Ataque ocorreu na tarde desta quarta-feira, numa rua dos subúrbios da capital.
Segundo os media britânicos, o Governo do país admite a possibilidade de se tratar de um ataque terrorista, pelo que pediu uma reunião de emergência do gabinete responsável pela gestão de crises, conhecido como Cobra (Cabinet Office Briefing Rooms).
Segundo a BBC, que cita fontes do Governo não identificadas, a suposição de que se trata de um ataque terrorista é "razoável", mas a polícia não fez qualquer comentário sobre o que terá motivado o caso.
O mayor de Londres, Boris Johnson, classificou o ataque como "um acto de violência repugnante e imperdoável", numa mensagem publicada no Twitter.
Testemunhas ouvidas pela BBC e pelo The Guardian dizem que dois homens armados atacaram um homem que aparentava estar trajado com um uniforme militar. A BBC avança que algumas testemunhas ouviram os homens a gritar "Allahu Akbar" (Deus é grande).
"Aqueles tipos estavam doidos. Eram autênticos animais. Arrastaram-no [ao homem morto] do passeio e deixaram o corpo dele no meio da estrada", disse uma testemunha, identificada apenas como James, à rádio LBC.
A mesma testemunha disse que os atacantes – que aparentavam ter ambos cerca de 20 anos, tal como a vítima mortal – brandiam as armas (entre as quais várias armas brancas e uma pistola) e pediam que lhes tirassem fotografias, "como se quisessem aparecer na televisão".
"Estavam abstraídos de tudo. Estavam mais preocupados com o facto de lhes tirarem fotografias e a correrem de um lado para outro", contou a testemunha, citada pelo site da BBC.
"Por volta das 14h20 desta tarde [quarta-feira], a polícia foi chamada por causa de um ataque na Rua John Wilson, em Woolwich, em que um homem estava a ser atacado por outros dois homens", disse à BBC o comandante da Polícia Metropolitana Simon Letchford.
"À chegada, os agentes encontraram um homem, que foi mais tarde dado como morto. Nesta fase, não consigo avançar mais informações sobre a vítima mortal", disse o mesmo responsável.