Reitoria decreta luto na Universidade do Porto no dia do funeral de Marlon

Funeral do jovem assassinado no sábado sai terça-feira de Gaia para São João da Madeira. PJ classificou investigação do caso como prioritária.

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O funeral ocorrerá poucas horas antes do início do cortejo académico na Av. dos Aliados Paulo Pimenta

“Face ao trágico acontecimento que vitimou o estudante da UP Marlon Correia, declara-se 7 de Maio dia de luto na universidade, dia em que se realiza o funeral”, refere o despacho recente assinado por um vice-reitor, ao qual o PÚBLICO teve acesso. O mesmo documento explica ainda que “a todos os membros da UP que pretendam assistir ao funeral poderá ser concedida dispensa de todas as actividades”.

Fonte da Reitoria explicou ao PÚBLICO que as aulas, porém, não serão suspensas. Os professores, funcionários e estudantes terão as suas faltas justificadas para irem ao funeral do jovem cujo homicídio está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ). A Directoria do Norte da PJ classificou como “prioritária” a investigação do caso e decidiu afectar, como reforço, dezenas de inspectores no apoio à brigada da Secção de Investigação ao Crime Violento que é responsável pelo caso.

O corpo de Marlon Correia estará em câmara-ardente a partir das 18h desta segunda-feira no Pavilhão Desportivo Municipal de Arcozelo, em Vila Nova de Gaia. Amanhã, será realizada, pelas 10h30, uma missa na Igreja de Arcozelo e só depois o cortejo fúnebre seguirá para o cemitério de São João da Madeira, onde Marlon será cremado.

Com o reitor da UP, Marques dos Santos, no estrangeiro, estarão presentes nas exéquias os vice-reitores António Cardoso, Maria de Lurdes Correia Fernandes e António Marques.

O funeral ocorrerá, assim, poucas horas antes do início do Cortejo da Queima das Fitas, que decorrerá na Avenida dos Aliados, no Porto. No Facebook foi criado o evento Homenagem a Marlon Correia – Cortejo, pedido a todos os estudantes que forem ao cortejo para levarem uma fita castanha (cor do curso de Desporto do qual Marlon era finalista) como homenagem.

Fonte da Federação Académica do Porto (FAP) indicou ao PÚBLICO que aquela estrutura académica está a tentar mobilizar o maior número de estudantes possível para homenagear Marlon com a sua presença no funeral. “Iremos fazer o que é costume. Estaremos lá com ele e as nossas capas serão colocadas no chão para a sua passagem, em sinal de respeito e saudade”, disse ainda o Dux Veteranorum, Américo Martins, estudante com mais matrículas que lidera as tradições académicas na Academia do Porto. Está ainda em aberto a possibilidade de a missa e o funeral contarem com a presença de grupos de fado da academia.

 

 
 

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