Kerry queria mais, mas China continua a dividir culpas pela tensão na Coreia

O secretário de Estado norte-americano pretende que Pequim tenha um papel mais activo na contenção de Pyongyang.

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John Kerry reuniu-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi Paul J. Richards/afp

No final de uma ronda de encontros separados com o Presidente, o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Kerry descreveu as conversações como "construtivas e encorajadoras", mas não quis avançar pomenores, segundo o relato da agência Reuters.

O secretário de Estado norte-americano transmitiu ao Presidente Xi Jinping que "esta é obviamente uma época crítica, com várias questões desafiadoras – questões na península coreana, o desafio do Irão e das armas nucleares, a Síria e o Médio Oriente e as economias em todo o mundo que precisam de um estímulo".

Do pouco que se sabe sobre a reacção dos líderes chineses à abordagem de John Kerry, as frases citadas pela agência Xinhua não apontam para uma mudança no discurso de Pequim sobre a tensão na Coreia do Norte. Pelo menos não tão forte quanto Washington pretenderia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, disse que "as perturbações e as provocações na península e na região serão negativas para os interesses de ambos os lados, algo semelhante a levantar uma pedra e a deixá-la cair nos próprios pés". Wang repetiu também os apelos à paz, ao diálogo e à desnuclearização da península coreana.

O primeiro-ministro, Li Keqiang, limitou-se a repetir a posição oficial do país, ao sublinhar que "todas as partes são responsáveis pela manutenção da paz e da estabilidade na região e por todas as consequências".

Esta é a primeira visita de John Kerry à China como secretário de Estado norte-americano. Na sexta-feira reuniu-se com os líderes da Coreia do Sul e no domingo estará no Japão.
 

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