Pavimento da nova Ribeira das Naus só durou um dia e vai ser reparado
Avenida de Lisboa inaugurada no sábado começou logo no domingo a apresentar covas. Presidente da câmara anunciou hoje que a situação será corrigida.
Três dias depois da inauguração e abertura ao trânsito automóvel, são já dezenas as irregularidades – que começaram a aparecer logo no domingo – no pavimento da nova Avenida da Ribeira das Naus, em Lisboa. Além de buracos e rebaixamentos causados pela passagem de automóveis, há ainda pedras soltas e passadeiras com a tinta quase apagada.Inaugurada no sábado, a primeira fase da requalificação da Avenida da Ribeira das Naus devolveu "com dignidade" o percurso entre o Cais do Sodré e a Praça do Comércio à cidade, disse então o presidente da câmara, António Costa.
Porém, os automóveis que circulam agora na zona vêem-se obrigados a abrandar a marcha ou desviar-se dos buracos que já pontuam o pavimento. O novo traçado da avenida segue junto ao Tejo – onde foi criada uma praia fluvial – e é constituído por cubos de granito. Para lá da irregularidade da via, também já se vêem pedras soltas ao longo do percurso.
Questionado pela Lusa à margem de uma visita ao Teatro da Comuna, António Costa avançou que “o empreiteiro assumiu a responsabilidade e vai proceder à reparação do que tem de fazer”.
Um dos arquitectos responsáveis pelo projecto, João Gomes da Silva, admitiu na terça-feira que a situação não era normal. "Desconheço que existam buracos e acho estranho que estejam a saltar pedras", disse, acrescentando, no entanto, que já alertara a câmara para a necessidade de ali serem feitas pequenas reparações."Abrir ao trânsito com chuva é o pior que poderia acontecer", afirmou o arquitecto. O pavimento, explicou, foi alvo de testes de modo a evitar o que sucedeu na Praça do Comércio, onde, no Verão passado, foi necessário reconstruir um troço da mesma avenida devido ao mau estado do piso.
A requalificação da Ribeira das Naus ainda não está totalmente concluída. A segunda fase incluirá um jardim junto ao edifício do Estado-Maior da Armada e a recuperação da doca seca e da doca da Caldeirinha no mesmo local.
A câmara prevê que o espaço esteja totalmente recuperado e aberto ao público dentro de oito meses. Na segunda-feira, António Costa presidiu ao lançamento simbólico da nova fase das obras, que estão orçamentadas em 10 milhões de euros.