Al-Qaeda da Península Arábica apela a guerra santa no Mali

Grupo ligado à rede terrorista baseado no Iémen diz que "em nenhuma circunstância" a intervenção militar da França no Mali se justifica.

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Edifício dos rebeldes bombardeado pela aviação francesa em Gao SIA KAMBOU/AFP

Com a sua base no Iémen, a Aqpa resulta de uma fusão dos braços saudita e iemenita da rede. “Apoiar os muçulmanos no Mali é um dever para todo o muçulmano capaz de o fazer”, lê-se no comunicado, que acrescenta que os muçulmanos podem “pagar com a sua vida ou contribuir financeiramente” para a jihad (guerra santa).

O comunicado, publicado pelo comité da sharia (lei islâmica) da Aqpa, considera que a “a jihad é mais obrigatória para os muçulmanos mais próximos” do palco dos combates, para “aqueles de cujo país a França lançou” a sua operação e “para os muçulmanos que vivem nos países que ajudam a França nesta cruzada”.

Iniciada a 11 de Janeiro, a intervenção militar francesa de apoio ao Exército do Mali para travar uma ofensiva dos grupos ligados à Al-Qaeda, permitiu em duas semanas reconquistar as grandes cidades de Tombuctu, Gao e Kidal que tinham sido ocupadas pelas forças rebeldes há dez meses.

Os soldados da França e do Mali quase não encontraram nenhuma resistência. Mas nos últimos dias, os islamistas mostraram que não fugiram e deram provas da sua capacidade de resistência em Gao, o que parece assinalar uma viragem na sua estratégia. Cerca de quatro mil soldados franceses e dois mil chadianos estão destacados no Mali em apoio ao Exército local.

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