FIFA entrega “Qatargate” ao Comité de Ética

Depois da denúncia de uma negociata com vista à atribuição do Mundial de 2022, o organismo máximo do futebol mundial decidiu investigar.

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Jérôme Valcke é um dos visados Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Fonte oficial do organismo frisou à agência Lusa que todas as suspeitas denunciadas pela imprensa estão sob a alçada do Comité de Ética, que abriu um inquérito na última reunião plenária, a 23 de Janeiro.

Sobre as denúncias da France Football, a mesma fonte insistiu que o Comité de Ética já reuniu uma série de relatórios sobre este caso, pelo que o organismo não fará, de momento, mais comentários sobre o assunto.

“Temos a intenção de realizar uma análise exaustiva a essas alegações, incluindo todas as provas já reunidas para avaliação da credibilidade das suspeitas de más condutas”, lembrou a fonte da FIFA, apontando para as conclusões da última reunião do Comité de Ética.

O semanário desportivo francês lançou uma série de interrogações sobre a atribuição do Mundial de futebol de 2022 ao Qatar, numa reportagem em que denuncia negociatas envolvendo Michel Platini e o ex-chefe de Estado francês Nicolas Sarkozy.

A revista justifica o título da reportagem, Mundial 2022 – Qatargate, com aquilo que considera ser “um cheiro a escândalo que obriga a colocar a única questão que conta nesta altura: deve a escolha do Qatar ser anulada?”.

France Football ressuscitou um email trocado no seio da FIFA, no qual o seu secretário-geral, Jerôme Valcke, escreveu: “Eles compraram o Mundial de 2022”. Valcke assumiu posteriormente o erro e sublinhou que o tom usado no correio electrónico até foi ligeiro.