Os resultados finais devem ser divulgados nesta quarta-feira, mas o anúncio oficial só será feito a 30 de Janeiro.

Netanyahu prometeu um executivo “tão amplo quanto possível”. Os analistas prevêem complexas negociações e alguns não afastam o cenário de os partidos que o apoiam poderem acabar na oposição.

A lista formada pelo Likud, de Netanyahu, e pelo Israël Beiteinu, do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Avigdor Lieberman, elegeram 31 deputados, contra 42 no anterior Parlamento. Com os deputados eleitos pelos seus aliados “naturais” – a formação nacionalista religiosa Casa Judaica, 11; os sefarditas, 11; e um grupo asquenaze, 7 – o campo da direita soma 60 parlamentares no Knesset, o Parlamento israelita.

Mas a esquerda ganhou terreno na eleição de terça-feira. A grande surpresa foi o partido de centro-esquerda Yesh Atid, do ex-jornalista Yair Lapid. Lançado há um ano, conseguiu 19 deputados e torna-se a segunda força mais votada, à frente do Partido Trabalhista, tradicionalmente o maior partido de esquerda, com 15. Yair Lapid, disse, segundo a BBC, que a única hipótese de se juntar a Netanyahu seria o primeiro-ministro avançar para negociações com os palestinianos.

O campo que se opõe a Netanyahu conseguiu também eleger um número de deputados que, somado aos do Yesh Atid e aos trabalhistas, soma 60. O Hatnua, novo agrupamento de centro-esquerda, da ex-ministra dos Negócios Estrangeiros Tzipi Livni, elegeu seis deputados; o Meretz, de esquerda, outros seis; os partidos árabes somaram 12; e o Kadima dois.