José Manuel Coelho absolvido de crime de difamação a Garcia Pereira e Cunha e Silva

Por ordem de Jardim, Parlamento madeirense suspendeu plenário devido ao facto de o deputado do PTP comparecer vestido de presidiário.

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Trabalhos do parlamento madeirense foram interrompidos Enric Vives-Rubio

O caso remonta a 15 de Janeiro de 2006, aquando da deslocação à Madeira do então candidato presidencial Garcia Pereira. Na altura, Coelho aproximou-se da comitiva do candidato e, exibindo um exemplar do jornal O Garajau, declarou: "Então um homem que é da esquerda, que é do partido do MRPP, vai defender o Cunha e Silva, que é um fascista, da direita?" 

Para a acusação, o agora deputado do PTP "quis ofender e ultrajar" o governante, que pedia uma indemnização não inferior a 75 mil euros. O Ministério Público e a defesa haviam situado a questão no âmbito da intervenção política.

Coelho, que na quinta-feira passada foi condenado no Tribunal de Vara Mista do Funchal a 18 meses de prisão, com pena suspensa, e ao pagamento de indemnizações de 5500 euros a Alberto João Jardim e de 2500 euros a Cunha e Silva, compareceu vestido de presidiário ao plenário do parlamento regional nesta terça-feira.

A sessão foi suspensa, a pedido do PSD, por ordem recebida do presidente do Governo e do partido, Alberto João Jardim, revelou ao PÚBLICO um dirigente social-democrata.

O lider parlamentar do PSD, Jaime Ramos, garantiu que os deputados do seu partido não permanecerão no hemiciclo enquanto Coelho, a quem chamou "líder da oposição", continuar vestido de prisioneiro, por considerar uma "ofensa" à dignidade do parlamento regional.
 
 

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