David Cameron anuncia a morte de pelo menos três britânicos na tomada de reféns na Argélia

O primeiro-ministro britânico diz que as mortes são da exclusiva responsabilidade dos “terroristas que lançaram um ataque cruel e cobarde”.

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Cameron teme que possam existir mais britânicos entre as vítimas mortais Matthew Lloyd/AFP

Cameron garantiu que com estas informações recebidas do primeiro-ministro argelino, era “claro que este horrível incidente terrorista” tinha terminado. De Argel chega no entanto a informação de que o balanço de mortes avançado para o dia do assalto das tropas e para os quatro dias do cerco pode afinal aumentar.

No sábado, o Governo argelino anunciou a morte de sete reféns no assalto final e várias fontes deram por concluída a missão que teria, no total, feito 23 vítimas entre os reféns de várias nacionalidades. O mesmo balanço apontava para a morte de 32 militantes e a libertação de 685 argelinos e 107 estrangeiros.

Também por esclarecer estão as nacionalidades de todas as vítimas. Esta noite, ficou a saber-se que do Japão há pelo menos ainda dez desaparecidos, segundo anunciou um representante da empresa JGC Corp, que empregava 78 pessoas no campo de In Amena. Além desses, o paradeiro de sete outros estrangeiros é também desconhecido.

O Japão tem sido crítico da opção tomada pela Argélia para resgatar os reféns, juntando a sua voz à de países como o Reino Unido ou os Estados Unidos. Na manhã deste domingo, porém, Cameron refreou as críticas. Quando questionado se considerava que a Argélia tinha feito tudo o que podia para salvar vidas, o primeiro-ministro britânico disse que “ninguém podia subestimar as dificuldades na resposta a um ataque desta escala com 30 terroristas absolutamente determinados a tirarem vidas”.

E quis deixar claro: “A responsabilidade para estas mortes é da inteira responsabilidade dos terroristas que lançaram um ataque cruel e cobarde.”

Perante a reserva anteriormente manifestada por Londres e Estados Unidos, e partilhada pelo Japão, a França tem-se mantido firme no apoio a Argel na forma como desencadeou a acção com o Presidente francês François Hollande a dizer que a Argélia tinha dado “as respostas adequadas”.

A tomada do campo e dos reféns na quarta-feira, pelos militantes fortemente armados do grupo de Mohktar Belmokhtar, será uma resposta à intervenção das tropas francesas no Mali contra bastiões de grupos islâmicos radicais.
 

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