Ministério Público avalia caso de gémeos problemáticos de escola do Porto
Associação de Pais da EB1 do Bom Sucesso exige saída da escola dos dois irmão que acabam de cumprir 12 dias úteis de suspensão por terem agredido professora.
“A situação em apreço já teve processo de promoção e protecção instaurado nesta CPCJ, tendo o mesmo sido remetido aos serviços do Ministério Público do Tribunal de Família e Menores do Porto em Maio de 2012”, referiu a direcção da comissão, em resposta escrita a um pedido de esclarecimento formulado pela agência Lusa.
Os gémeos em causa regressaram na segunda-feira à escola EB1 do Bom Sucesso depois de terem estado a cumprir 12 dias úteis de suspensão por terem agredido uma professora, confirmou à Lusa fonte da direcção da Associação de Pais do Núcleo Escolar do Bom Sucesso. A mesma fonte referiu que os pais das duas turmas do 4.º ano que acolhem os gémeos não pretendem tolerar mais os comportamentos agressivos destes irmãos e exigem a sua saída da escola.
A associação de pais tem vindo a defender, desde o ano lectivo anterior e face aos registos de violência sobre outros alunos, “a transferência dos gémeos para uma escola que lhes dê um acompanhamento adequado”, tendo feito o pedido à Direcção Regional de Educação do Norte, à direcção da escola e ao Tribunal de Família e Menores do Porto, com conhecimento à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, acrescentou. A mesma fonte salientou que os gémeos, que aparentam fisicamente ter “14 ou 15 anos”, ingressaram no Bom Sucesso no ano lectivo 2011/2012, sendo transferidos da Escola de Miragaia, classificada como Território Educativo de Intervenção Prioritária. “No espaço da escola do Bom Sucesso coabitam 340 crianças desde os 2 anos até aos 10/11 anos”, alertou, considerando que a presença dos gémeos na escola “é complicada e este é um problema que tem que ser resolvido”.