Secretário de Estado Adjunto da Saúde aponta “dificuldade” do PS em “coordenar mensagens”

Fernando Leal da Costa diz que o Governo tem ideias concretas sobre o que quer fazer, mas não as quer revelar já.

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O governante recusou falar sobre ideias do Governo porque estas podem depois não ter "seguimento" Daniel Rocha

“Acima de tudo, o que se demonstra pelas declarações que imediatamente a seguir o líder da bancada do PS fez, é que pelos vistos o PS tem maior dificuldade em coordenar as suas mensagens do que os outros, nomeadamente o Governo”, afirmou esta segunda-feira Fernando Leal da Costa depois de questionado sobre as posições dos socialistas sobre a ADSE.

O líder parlamentar socialista, Carlos Zorrinho, negou que o PS seja favorável à extinção da ADSE, contrariando assim a posição defendida pelo coordenador do seu partido na área da Saúde, Álvaro Beleza.

“Nós temos ideias concretas sobre o que queremos fazer. No momento próprio, essas ideias serão obviamente divulgadas. Não estamos numa fase de enviar para os jornais comentários que eventualmente possam depois não ter seguimento”, acrescentou o secretário de Estado-adjunto do ministro da Saúde.

Leal da Costa falava aos jornalistas à margem da apresentação de um estudo sobre políticas de combate à droga e toxicodependência, na Universidade Católica, em Lisboa.

Em entrevista ao Jornal de Notícias, Álvaro Beleza, membro do Secretariado Nacional do PS, afirmou que, caso os socialistas regressem ao Governo, a ADSE deverá ser extinta, considerando que este subsistema de saúde é gerador de injustiças na sociedade portuguesa.

Em declarações aos jornalistas, após a sessão de abertura das Jornadas Parlamentares do PS, em Viseu, Carlos Zorrinho negou que a extinção da ADSE se encontre nos planos dos socialistas. “Quero afirmar que o PS não é a favor da extinção da ADSE. Quero que isso fique bastante claro”, disse o líder parlamentar socialista.