Funeral de Paulo Rocha é nesta segunda-feira à tarde no Porto
A Cinemateca Portuguesa homenageia na quarta-feira Paulo Rocha, que morreu no sábado aos 77 anos, com a exibição de Os Verdes Anos
Paulo Rocha morreu na manhã de sábado, dia 29 de Dezembro. Estava internado num hospital privado no Porto, cidade onde nasceu a 22 de Dezembro de 1935.
Ainda nesse dia, a directora da Cinemateca Portuguesa, Maria João Seixas, anunciou que a 2 de Janeiro, às 21h30, haverá uma sessão especial de tributo ao cineasta com a exibição do mais emblemático e conhecidos dos seus filmes - o primeiro e um dos que marcaram o arranque do Novo Cinema Português: Os Verdes Anos, de 1963 (o que altera o alinhamento do programa, cancelando a projecção de Chaimite, de Jorge Brum do Canto).
Maria João Seixas, citada pela Lusa, lamentou a morte do cineasta, mas frisou que o país tem "a sorte" de ficar "com um legado precioso". "Assim o saibamos conservar, preservar e ver.”
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, a presidente da Associação Portuguesa de Realizadores (APR), Margarida Gil, o realizador Jorge Salaviza e o produtor António da Cunha Telles foram algumas das personalidades que lamentaram o desaparecimento do cineasta.
Entre outros títulos assinados por Paulo Rocha estão A Pousada das Chagas (1972), A Ilha dos Amores (1982), A Ilha de Amorais (1984), O Desejado (1988), Máscara de Aço Contra Abismo Azul (1989), O Rio do Ouro (1998), A Raiz do Coração (2000), As Sereias (2001) e Vanitas (2004).