“Disse-lhe claramente que, se tivesse casos concretos, os denunciasse, os apresentasse aos bispos locais”, garantiu Jorge Ortiga. No entanto, até ao momento esses casos nunca terão sido especificados. “Por aquilo que eu saiba, creio que não. Pelo menos comigo não, na ocasião também não”, referiu o bispo.

O encontro decorreu o ano passado, numa altura em que Ortiga era presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

“Recebi a doutora Catalina Pestana mais um senhor de que não me recordo agora o nome. Tive oportunidade de lhes dizer que a Igreja cuidou e cuidará deste caso com a serenidade e com a responsabilidade que a gravidade dos problemas em si exige”, acrescentou Jorge Ortiga.

Disse ainda que, no encontro, informou que a Igreja estava a elaborar “um conjunto de normas para que houvesse uma uniformidade na maneira de agir” em casos de pedofilia no clero, normas essas que entretanto já saíram. “A Igreja olha para isto com perplexidade e gravidade, mas naturalmente a Igreja tem as suas limitações e continuará lutando contra as suas fragilidades”, conclui.