Luís Marinho espera que a “vítima não seja a verdade”

Director-geral de Conteúdos foi ouvido na ERC sobre o caso das imagens.

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Luís Marinho, director-geral de Conteúdos da RTP Pedro Cunha

À saída da ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social, questionado pelos jornalistas, recusou falar sobre este caso. Limitou-se a afirmar: “A única coisa que desejo, numa altura em que se fala tanto de vítimas, é que a única vítima deste processo não seja a verdade. Vou lutar por isso.”

E remeteu para a equipa de Alberto da Ponte eventuais esclarecimentos sobre o processo disciplinar com vista ao despedimento que o conselho de administração da RTP resolveu instaurar nesta sexta-feira ao ex-director de Informação Nuno Santos.

Luís Marinho foi ouvido durante hora e meia pela ERC, no âmbito do processo de averiguações aberto nesta semana pelo regulador para apurar o que aconteceu no caso da visualização pela PSP das imagens dos confrontos junto ao Parlamento.

O director-geral de Conteúdos terá tido conhecimento da entrada de agentes da PSP na RTP para visionar imagens no dia 19, por Nuno Santos, mas só no dia seguinte à noite, 30 horas depois, comunicou o caso ao presidente Alberto da Ponte, classificando-o de muito grave.

O ex-director de Informação Nuno Santos diz que contou a Luís Marinho, no dia 16, por SMS, que havia um problema, dando-lhe mais pormenores no dia 19. Perante os deputados, Nuno Santos disse estranhar esta demora na comunicação entre o director-geral e a administração, tendo em conta que Alberto da Ponte sempre considerou o caso muito grave.
 
 
 

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