Ex-trabalhadores da NASA lançam agência de viagens à Lua
A Golden Spike quer arrancar com as expedições até ao final da década. Uma viagem para duas pessoas ronda os 1200 milhões de euros.
Quem quiser – e puder – abrir os cordões à bolsa, vai poder permanecer na superfície lunar durante pelo menos 36 horas e fazer dois passeios, usando todos os equipamentos que uma equipa de astronautas usaria numa exploração científica. A empresa vai também comercializar viagens de uma semana à órbita lunar, por cerca de 700 milhões de euros. Cada foguetão leva duas pessoas, mas é possível negociar viagens com apenas um tripulante.
“A Golden Spike Company é a primeira empresa que pretende oferecer, de forma regular, expedições de exploração da superfície lunar até ao final da década”, garantem os fundadores, num comunicado citado pela agência AFP. Para isso, contam com o surgimento, no sector privado, de naves espaciais de transporte de pessoas, que deverão reduzir consideravelmente o custo dos voos comerciais de exploração lunar.
O objectivo é “maximizar o uso dos foguetões já existentes” e vender o sistema a “países, indivíduos e empresas com ambição de explorar a Lua”. Os preços por viagem são “uma fracção de qualquer programa lunar concebido até agora”, refere a empresa.
A Golden Spike foi criada por dois veteranos do mundo espacial. O director executivo (CEO) é Alan Stern, ex-director adjunto da NASA para a Ciência, e Jerry Griffin, que dirigiu os voos durante o programa Apolo é o presidente do conselho de administração. A equipa conta ainda com reputados astrónomos, engenheiros, controladores aéreos, cientistas e até cirurgiões que antes pertenciam à agência espacial norte-americana.
A empresa quer começar as expedições regulares à Lua no final da década e fazer no total 15 a 20 lançamentos. Depois da primeira expedição, o objectivo é ter viagens a cada quatro ou seis meses.
A Golden Spike é apenas uma das muitas empresas privadas na rota do turismo espacial, que seguem o rasto da Space X, fundada em 2002. Esta empresa tem estado a desenvolver veículos espaciais que permitam repetir a viagem feita pelo norte-americano Neil Armstrong, em 1969.