Portugueses dispostos a pagar mais por produtos para pessoas com deficiência

Um quarto dos portugueses defende que na maior parte das vezes as pessoas com deficiência têm dificuldades em usar um passeio ou em atravessar a rua num semáforo.

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Portugueses reportam mais dificuldades no uso de computadores e telefones pelas pessoas com incapacidades Paulo Pimenta

Na União Europeia (UE), os portugueses são os que demonstram mais abertura para pagar um valor mais elevado por produtos adequados a pessoas com incapacidades. Esta segunda-feira é o Dia Europeu das Pessoas com Deficiência.

Apesar de a percentagem dos inquiridos que disse ter alguém em casa com uma doença ou um problema de saúde prolongado (no mínimo seis meses de duração) ser mais baixa em Portugal (26%) do que no conjunto dos 27 países da UE (29%), por cá é maior a faixa de cidadãos que destacam as dificuldades sentidas pelas pessoas com deficiência quando usam um passeio ou atravessam a rua num semáforo – para um quarto dos portugueses isso acontece na "maioria das vezes", contra 15% do total dos inquiridos no Eurobarómetro. Os portugueses reportam também mais dificuldades no uso de computadores e telefones pelas pessoas com incapacidades, na compra dos produtos de que necessitam e no uso de sites oficiais das autoridades.

De resto, como seria de esperar, a maior parte (86%) dos indíviduos que responderam a este inquérito acredita que a aplicação de soluções de acessibilidade semelhantes permitiria que as pessoas com deficiência viajassem, estudassem e trabalhassem noutro país, e 78% defendem que a existência de normas comuns facilitaria a actividade das empresas no mercado único. Além disso, sete em cada dez consideram que o reforço da acessibilidade a bens e serviços melhoraria muito a vida das pessoas com deficiência, dos idosos e de outros como os pais de crianças pequenas.

Na UE estima-se que uma em cada seis pessoas (cerca de 80 milhões) tem uma deficiência e mais de um terço com mais de 75 anos têm incapacidades.

A Comissão Europeia prepara-se para apresentar propostas para um Acto Europeu da Acessibilidade, com uma avaliação exaustiva de medidas destinadas a reforçar a acessibilidade na Europa, que deverá ser aprovado no próximo ano. O objectivo é eliminar as barreiras que dificultam a vida às pessoas com deficiência até 2020.
 
 
 

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