Administração da RTP exonera toda a direcção de informação

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Pedro Cunha

Esta é a consequência mais directa da conclusão do inquérito interno requerido pela equipa de Alberto da Ponte para apurar o que se passou na polémica do visionamento das imagens captadas pela RTP dos confrontos do passado dia 14 junto ao Parlamento.

Alberto da Ponte falava aos jornalistas à saída de uma reunião com o presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), Carlos Magno, a quem entregou um resumo das conclusões do inquérito.

“Com base no inquérito, a administração da RTP deliberou a exoneração de toda a direcção de informação, mas a administração também entendeu que não há motivos para abrir processos disciplinares”, disse. Embora admita que tenha havido "deslealdade e faltas processuais", a equipa de lberto da Ponte considerou que "não são suficientes" para processo disciplinar.
 

Além de Nuno Santos, que se demitiu de director de informação na passada quarta-feira, ainda integram aquela equipa o director adjunto Vítor Gonçalves e o subdirector Luís Castro. Estes dois últimos deixarão assim o lugar por decisão da administração.

Os nomes escolhidos para a nova direcção de informação são o actual director de Economia da RTP, Paulo Ferreira, e Miguel Barroso ocupará o cargo de director adjunto.

Questionado pelos jornalistas sobre se se sentiu desautorizado ao não ter sido informado sobre a entrada de elementos da PSP nas instalações da RTP, o presidente preferiu criticar o facto de "não terem sido preenchidos os processos normais

Recusando entrar em pormenores - como quem estava no gabinete aquando da visualização, pela PSP, das imagens ou quem guardou as gravações em dois DVD e o que lhes fez - alegando que há informações "confidenciais" no relatório que não pode revelar porque houve quem tivesse respondido sob sigilo profissional, Alberto da Ponte mostrou-se, porém, disponível para fornecer uma versão integral à ERC se esta entender necessário para o inquérito que também já anunciou que irá abrir. 
 
 

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