Exportações de Portugal para a Venezuela chegaram aos 159 milhões de euros

Os valores eram muito pouco significativos até 2007. Entre 2007 e 2008, subiram 213%. Entre 2009 e 2010, 142%. Em 2009, as exportações fixaram-se nos 123,3 milhões, quando em 2007 se tinham ficado pelos 16,3 milhões.

A Venezuela era uma aposta do ex-primeiro-ministro José Sócrates - com ele foi assinado, em Maio de 2008, o Acordo Marco Complementar Económico e Energético entre a República Bolivariana de Venezuela e a República Portuguesa. Pragmático, o executivo liderado por Pedro Passos Coelho tratou de retomar e aprofundar a relação. Há um mês, os dois países assinaram 14 novos acordos de cooperação.

O ministro dos Negócios Estrangeiros integrou a comissão que se debruçou sobre os 34 projectos comuns. A sua missão era "facilitar" os contactos e desbloquear "problemas pendentes", desde logo a venda do navio Atlântida, construído nos Estaleiros de Viana do Castelo. No fim, Paulo Portas reconheceu que as relações tinham abrandado: as exportações para a Venezuela diminuíram 4,6% de 2010 para 2011 e a variação é maior, quando se atende ao sentido inverso - as importações portuguesas da Venezuela passaram de 12,1 milhões de euros em 2007 para 147 milhões em 2010. No ano passado, desceram para 14,1 milhões.

Portas congratulou-se por as sentir reforçadas. "A Galp volta a comprar petróleo na Venezuela. Um milhão de barris este ano e até dois carregamentos, conceptualmente até dois milhões de barris, no próximo, e isso significa que volta a ficar abastecida a conta que apoia as exportações para a Venezuela", declarou então, citado pela agência Lusa e pela RTP.

No seu entender, a relação convém às duas economias, às empresas e às sociedades dos dois lados. Há uma "série de produtos portugueses que são ajudados na sua exportação". E há, como então referiu o homólogo, Nicolás Maduro, o contributo em sectores como a habitação, a tecnologia, a energia ou a farmacêutica. Até a industrialização. O Grupo Lena acaba de construir uma fábrica de casas prefabricadas. A fábrica de Magalhães já está imparável. Vem aí uma de antibióticos.

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