Cavaco Silva recebido com protesto em Évora

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Cavaco Silva Enric Vives-Rubio

Concentrados a poucas centenas de metros das unidades fabris, onde era visível um forte aparato policial, perto de 300 pessoas ostentaram faixas, cartazes e bandeiras negras, gritando palavras de ordem, como “FMI não manda aqui”, “É preciso, é urgente, uma política diferente” e “Cavaco, Passos e Portas é tudo a mesma tropa”.

O protesto, convocado pela União dos Sindicatos do Distrito de Évora (USDE), afecta à central sindical CGTP, teve como principal objectivo contestar a “actual política que destrói o país”, como afirmou à Lusa o coordenador da USDE, Valter Lóios. O protesto pretende exigir “um política alternativa, que ponha fim ao roubo que estão a fazer aos trabalhadores, nomeadamente nos salários e nos direitos”.

“Estou aqui também porque o Presidente da República é cúmplice deste Governo”, disse, por sua vez, Ana Cruz, uma das manifestantes, lamentando que Cavaco Silva “não vete as medidas deste Governo e promulgue todas as leis contra os trabalhadores”. “Gostava de lhe dizer para olhar para o povo e para acabar com as políticas vergonhosas do Governo”, reforçou.

Cavaco Silva efectua na manhã desta sexta-feira uma visita às instalações das duas fábricas, sem o acompanhamento de jornalistas.

A partir das 17h preside ao Conselho de Estado. A reunião decorre depois da manifestação do dia 15 de Setembro contra o reforço das medidas de austeridades e do clima de instabilidade política entre PSD e CDS-PP criado após o anúncio do aumento da Taxa Social Única.

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