João Goulão mostra-se disponível para passar do IDT para o SICAD

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João Goulão considera que mudanças previstas não alteram "essencial da intervenção" Daniel Rocha/ Arquivo

O ministro da Saúde anunciou hoje, na Comissão Parlamentar de Saúde que o presidente do IDT, João Goulão, será reconduzido para o SIDAC.

Esta foi a primeira vez que o Ministério da Saúde se pronunciou sobre a continuação ou não do presidente do IDT à frente do organismo de combate à toxicodependência, depois de, em outubro, ter anunciado a extinção daquele instituto e a sua transformação numa direção-geral (SICAD), com a integração da prestação de cuidados a toxicodependentes e alcoólicos, nas administrações regionais de saúde (ARS).

João Goulão que, na altura, não apoiou a passagem do tratamento para as ARS, afirmou que o seu “maior receio era a pulverização dos profissionais pelas unidades da ARS”.

“Mas o modelo final será de manutenção das unidades sob a alçada do IDT, intactas no interior das ARS. Isto permite manter o essencial da intervenção. Não haverá as perdas que, no início, receávamos que acontecessem”, afirmou.

A maior preocupação do responsável à frente do SICAD será o planeamento das estratégias nacionais, e fazer a sua coordenação e acompanhamento técnico e normativo no terreno.

Quanto aos desafios, João Goulão espera conseguir “manter o essencial das respostas”, mesmo com as “dificuldades financeiras e os cortes orçamentais”.

Com a passagem do tratamento para as ARS, o SICAD manterá as competências de planeamento e estratégia de prevenção do extinto IDT. João Goulão sublinha, por isso, que terá um papel muito mais centrado no planemanto estratégico, na criação de orientações técnicas e normativas, na representação internacional e na gestão dos programas de âmbito nacional.