Apple começa a vender manuais escolares nos EUA

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Phil Shiller argumentou que os livros em papel não são a melhor forma de aprendizagem Shannon Stapleton/Reuters

Os primeiros manuais disponíveis são para alunos do ensino secundário dos EUA (através de uma parceria com três editoras diferentes) e vão custar no máximo 15 dólares. A Apple afirmou, na apresentação que fez nesta quinta-feira em Nova Iorque, que pretende no futuro ter livros para todos os anos e para todas as áreas de ensino.

A aplicação gratuita na qual os livros poderão ser descarregados para o iPad chama-se iBooks 2. Os manuais, porém, também poderão ser descarregados para o iBooks, a aplicação de livros electrónicos que a Apple já tinha integrado no iPad.

A empresa anunciou ainda uma aplicação para OS X (o sistema operativo dos computadores Mac), chamada iBooks Author, que permite a criação destes manuais. A aplicação oferece uma ferramenta visual, de modo a que os autores possam dispor texto, imagens, vídeo e restantes elementos nas páginas, de forma análoga à de um processador de texto.

Os manuais podem ser comprados e descarregados um qualquer número de vezes. Também há amostras gratuitas para quem quiser experimentar antes de comprar.

“É difícil não perceber que os manuais nem sempre são a ferramenta de aprendizagem ideal”, afirmou o responsável do marketing da empresa, Phil Shiller, um dos executivos presentes no evento.

A iniciativa restringe-se, pelo menos por agora, ao mercado dos EUA, um país onde cada estado tem regras definidas sobre a aprovação de manuais escolares.

A Apple mostrou ainda uma reformulação da aplicação iTunes U, que permite aos utilizadores aceder a vídeos e material das aulas de muitas universidades de vários países (e que tem sido usada também por pessoas fora das universidades para aceder aos conteúdos de algumas das mais prestigiadas instituições de ensino mundial). Agora, os professores viram alargado o leque de possibilidades e podem criar cursos inteiros online.

Na biografia oficial de Steve Jobs, o autor, Walter Isaacson, assinala que este discutiu com o magnata dos media Rupert Murdoch (com quem ocasionalmente jantava) que o mercado dos livros escolares poderia ser mudado com uma transição para formatos digitais. Também de acordo com o livro, na última conversa entre Jobs e Bill Gates, os dois observaram que os computadores tiveram muito pouco impacto na forma como se ensina nas escolas.

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