Murdoch espera que o The Daily se transforme numa “indispensável fonte de notícias” na era dos tablets (pequenos computadores tácteis). “Novos tempos pedem um novo jornalismo”, disse.

O The Daily está apenas acessível através da loja iTunes da Apple e o preço é convidativo. Prometendo cerca de 100 páginas de informação nova por dia, o novo jornal pode ser lido por apenas 14 cêntimos de dólar por dia. Dito de outra maneira: 99 cêntimos por semana. Ou, se preferirmos, 39.99 por ano.

O The Daily - que inicialmente estará apenas disponível nos EUA - foi hoje apresentado no Museu Guggenheim de Nova Iorque pelo próprio Murdoch, acompanhado do vice-presidente da Apple para os serviços de Internet, Eddy Cue, e pelo director da nova publicação, Jesse Angelo.

Durante a apresentação foram mostradas algumas das características do novo jornal, nomeadamente a possibilidade de se verem fotografias a 360º e vídeos de alta definição.

O jornal estará igualmente disponível na Web - mediante pagamento - em thedaily.com mas alguns artigos perderão mais-valias na ausência de um ecrã táctil.

Durante o evento Murdoch declarou que irá considerar a aplicação vitoriosa quando ela estiver a vender “milhões” em todo o mundo.

Para o magnata este é um projecto de baixo custo. Murdoch gastou 30 milhões de dólares para pôr de pé o The Daily e estima-se que daqui para a frente o jornal lhe custe apenas dois milhões por mês a produzir. A grande fatia deste bolo servirá para pagar aos cerca de 100 jornalistas contratados.

A nível editorial sabe-se que o The Daily se focará nos assuntos norte-americanos mas não desdenhará temas internacionais, como a actual situação no Egipto que fez, aliás, capa da primeira edição hoje mostrada.

Murdoch, que está apostado em provar a viabilidade de se cobrar pela informação online, assegurou ter a noção que, se vai cobrar pelos conteúdos, terá de dar aos leitores artigos exclusivos e de qualidade, diferentes daqueles que se encontram gratuitamente online.

Apesar de ter sido concebido para iPad, Murdoch frisou que não põe de parte a hipótese de adaptar o jornal a outros tablets, assim que a venda de modelos de outras marcas se comece a democratizar.