Profissionais da PSP e GNR sem receber gratificados desportivos desde Fevereiro
Sindicatos e associações sócio profissionais lamentam que esta situação se repita mais uma vez, tendo em conta que a falta de pagamento dos gratificados nos jogos das camadas jovens é “recorrente”.
O presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP), António Ramos, afirmou à agência Lusa que os agentes da PSP que fazem este tipo de serviço remunerado não recebem os pagamentos desde Fevereiro.
Segundo o sindicalista, a dívida aos agentes da PSP ascende a mais de 400 mil euros.
Também os militares da GNR estão sem receber os gratificados desde Fevereiro. Mas enquanto na PSP os gratificados são facultativos, na GNR os militares são obrigados a prestar este serviço.
O vice-presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), César Nogueira, disse à Lusa que a alguns militares da GNR a dívida dos gratificados ascende a 1500 euros.
O dirigente da APG responsabilizou o Ministério da Administração Interna (MAI) pelo atraso nos pagamentos, adiantando que em Setembro foram pagos os gratificados de Novembro e Dezembro de 2009 e de Janeiro deste ano.
Os gratificados em causa são os prestados pelos elementos das forças de segurança aos jogos das camadas jovens de todas as divisões. Cabe à Santa Casa da Misericórdia o financiamento do policiamento dos jogos das camadas juvenis, entregando uma percentagem das receitas mensais do totoloto ao Ministério da Administração Interna.
O Sindicato dos Profissionais da Polícia exige ainda que seja revisto o protocolo existente entre o MAI e a Santa Casa de Misericórdia de Lisboa, no sentido de se aumentarem as transferências das verbas destinadas a pagar os serviços gratificados.
Segundo o SPP, o acordo tem vários anos e “está claramente desajustado da realidade”.
O presidente da Associação Sócio Profissional Independente da Guarda (ASPIG), José Alho, disse à Lusa que ainda não foram pagos os gratificados aos militares da GNR que prestaram este tipo de serviço no rali de Portugal, em Abril.
A agência Lusa contactou o Ministério da Administração Interna para esclarecer a atraso nos pagamentos de gratificados, mas até ao momento não respondeu.