Banco de leite alimenta 20 bebés prematuros por mês na Maternidade Alfredo da Costa

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Por mês está a ser processada uma média de 70 litros de leite materno na MAC Nuno Ferreira Santos

O balanço deste serviço “excedeu as expectativas” dos responsáveis da MAC e possibilitou já o fornecimento de leite materno a outras unidades, como o caso do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), segundo Israel Macedo, médico responsável pelo banco de leite.

Numa altura em que se assinala a Semana do Aleitamento Materno, que termina na sexta-feira, o médico lembra que o leite doado é usado para alimentar bebés prematuros quando a mãe não o tem em quantidade suficiente ou ainda nos casos em que é contra-indicada a amamentação, como nas seropositivas.

As primeiras dadoras começaram a ser recrutadas em Julho do ano passado e quatro meses depois iniciava-se a alimentação dos primeiros bebés através de leite humano pasteurizado.

Actualmente encontram-se activas 35 dadoras, do total de 70 que já contribuíram mas que entretanto deixaram de ter leite suficiente ou optaram por suspender a doação, explicou Israel Macedo, em entrevista à agência Lusa.

“Neste momento, fazemos duas pasteurizações por semana e estamos com necessidade de passar a três. Em cada pasteurização tratamos nove litros de leite. Por mês estamos a processar uma média de 70 litros de leite”, precisou o responsável. Esta quantidade serve para alimentar uma média de 20 recém-nascidos prematuros por mês.

Segundo Israel Macedo, 99 por cento dos pais dos bebés receptores “tem uma relação muito positiva”: “Já estão esclarecidos e sabem que a primazia é dada ao leite da própria mãe e que este leite serve para completar, quando o da própria mãe não é suficiente”.

As medidas de segurança e qualidade impostas pela MAC também contribuem para a segurança dos pais: vigilância das condições de saúde e higiene domiciliária das dadoras e controlo serológico do leite feito pelo Instituto Português do Sangue.

De acordo com Israel Macedo, quase metade das dadoras do banco de leite materno não tiveram os seus filhos na Maternidade Alfredo da Costa. “Mostra que o banco de leite acaba por ser um departamento aberto e disponível para receber e dar a uma população muito superior à própria maternidade”, defendeu.