Portugal vai explicar proposta para a plataforma continental nas Nações Unidas
Entregue em Maio do ano passado, a proposta vai agora ser explicada do ponto de vista jurídico e científico na Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC). “Entregámos um conjunto de cinco caixotes, que ainda hoje estão fechados nas Nações Unidas”, disse Pinto de Abreu.
Este é o pontapé de saída de um processo que demorará vários anos (poderá estar concluído por volta de 2015) e no qual Portugal defende que, para lá das 200 milhas náuticas da Zona Económica Exclusiva (ZEE), a sua soberania sobre o fundo do mar seja alargada em 2,15 milhões de quilómetros quadrados. “Não corresponde a um alargamento da ZEE. É uma extensão dos direitos de soberania aos recursos do solo e subsolo marinhos além das 200 milhas.”
Até agora, foram apresentadas pelos países 51 propostas de extensão da plataforma, indo a avaliação na 16ª. A proposta portuguesa foi a 44ª e será apreciada por uma subcomissão da CLPC, que deverá ser nomeada em 2013 (antes, em 2012, terão de ser eleitos os novos membros da própria CLPC).