Salman Rushdie não se arrepende de ter publicado “Versículos Satânicos”

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O autor esteve sete anos exilado por causa da "fatwa" iraniana Vincent Kessler/Reuters (arquivo)

Numa entrevista difundida no portal do Times, o autor britânico de origem indiana explica que, pelo contrário, lamentaria não ter escrito sobre temas fundamentais, religiosos e filosóficos.

"A questão que me coloco a toda a hora é a seguinte: somos amos ou vítimas? Fazemos a história ou é a história que nos faz a nós? Moldamos o mundo ou é o mundo que nos molda a nós?", pergunta o escritor.

"A questão de saber se temos controlo sobre as nossas vidas ou se somos vítimas passivas dos acontecimentos é, para mim, uma grande questão que sempre tentei colocar", continuou. "Neste sentido, não gostaria de ser o escritor que não a colocou", acrescentou referindo-se a "Versículos Satânicos".

Estas declarações são tornadas públicas alguns dias depois da prisão em Londres de três homens suspeitos de serem responsáveis por um princípio de incêndio na editora londrina que se prepara para lançar um livro sobre a mais jovem das esposas do profeta Maomé.