O Serviço Nacional de Saúde já comparticipa uma outra vacina contra a meningite de tipo C, a Meningitec, que actua contra a bactéria meningococus, causadora da meningite meningocócica. No caso da Prevenar, a vacina actua contra outra bactéria causadora da meningite, o pneumococus, causador da meningite pneumocócica, entre outras infecções de origem bacteriana.

A deputada do CDS/PP Teresa Caeiro disse à Agência Lusa que o financiamento da Prevenar poderá ser feito pela inclusão progressiva no Plano Nacional de Vacinação ou pela introdução de uma comparticipação equivalente a outras vacinas existente no mercado, como a da gripe. De acordo com a deputada, a vacina da gripe é actualmente comparticipada pelo Estado em 40 por cento.

A vacina Pevenar é ministrada às crianças em três doses no primeiro ano de vida e numa quarta dose no segundo ano,com um custo de 75 euros cada uma.

"Há pessoas que podem comprar esta vacina e proteger os seus filhos e há outras que não têm condições financeiras para o fazer. Por isso, o Governo deve ponderar a inclusão progressiva da vacina no Plano Nacional de Vacinação ou começar por uma comparticipação", salientou Teresa Caeiro, referindo que a proposta vai ser apresentada até ao final desta semana.

A deputada adiantou que a Prevenar é recomendada pelos pediatras, "não podendo estar apenas acessível às famílias" que têm poderes financeiros.

"Numa altura em que o Governo faz questão de demonstrar preocupação com a natalidade, era também importante que garantisse a prevenção" de doenças, disse, acrescentando que "não é um subsídio de 700 euros anuais que faz com que uma pessoa tenha filhos mas sim a criação de condições" nas áreas da saúde, educação e habitação.

Teresa Caeiro congratulou-se ainda que o Governo tenha incluído a vacina contra o vírus que provoca o cancro do colo do útero no Plano Nacional de Vacinação.

"Estamos muito satisfeitos com esta inclusão, foi uma grande reviravolta porque até há uma semana o projecto de resolução do CDS-PP era apoiado por todos os partidos, à excepção do PS", disse, adiantando que ainda há questões que o primeiro-ministro não respondeu, nomeadamente a entrada em vigor e qual a verba prevista no Orçamento de Estado para a inclusão desta vacina no Plano Nacional de Vacinação.

A deputada disse ainda que a saúde é "prioritária" para o CDS/PP, que tem agora também como "batalha" a diminuição do tempo de espera da primeira consulta de especialidade.