A nomeação de Carlos Varandas teve lugar em Barcelona, numa reunião do conselho de administração da Empresa Comum Europeia. Carlos Varandas deixa assim o cargo de presidente do CFN, um laboratório associado da Fundação de Ciência e Tecnologia, para assumir a liderança europeia deste projecto.

O projecto ITER arrancou em Abril e será responsável pela construção do primeiro reactor experimental de fusão nuclear. Pretende demonstrar a viabilidade científica e técnica da energia de fusão e testar a compatibilidade das tecnologias necessárias para o funcionamento de um reactor deste tipo.

O projecto agrega sete parceiros (União Europeia, Estados Unidos, China, índia, Japão, Coreia do Sul e Rússia) e tem sede em França. Irá custar cerca de 12 mil milhões de euros e os sete parceiros acordaram a constituição de agências para cada um deles, para que outros estados possam contribuir para esta experiência mundial de fusão nuclear.

A Comissão Europeia definiu já uma agência europeia, criada à luz do tratado Euratom por um período de 35 anos, com um orçamento global de 9635 milhões de euros e sede em Barcelona.

O consórcio europeu permitirá a contribuição do Euratom para o projecto ITER e, conjuntamente com o Japão, irá preparar e coordenar o programa de actividades para a construção do reactor experimental de fusão e respectivas infraestruturas, para o rápido desenvolvimento da energia de fusão.

Portugal, através do Centro de Fusão Nuclear, irá participar activamente no projecto ITER, mediante um contrato de associação Euratom/IST e do EFDA (Acordo Europeu para o Desenvolvimento da Fusão).