Souto de Moura vence prémio FAD de Arquitectura

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À edição deste ano dos prémios FAD concorreram 453 obras de Portugal e Espanha DR

A mesma obra de Souto de Moura já tinha sido galardoada com o prémio Secil 2004, atribuído este ano.

Com capacidade para 30 mil espectadores sentados, o estádio tem apenas bancadas laterais, confundindo-se o espaço das cabeceiras com as pedreiras em anfiteatro do monte em que foi construído.

Os prémios FAD (Fomento das Artes Decorativas) de Arquitectura são atribuídos pela Associação Interdisciplinar de Desenho do Espaço, que desde 1958 distingue os mais destacados trabalhos arquitectónicos de Espanha e Portugal.

À edição deste ano dos prémios FAD concorreram 453 obras de Portugal e Espanha.

Souto de Moura trabalhou dez anos ao lado de Siza Vieira após ter terminado a sua formação académica, em 1980, tendo deixado a sua marca em vários projectos no Porto, como a Casa das Artes, a recuperação da Cadeia da Relação e a renovação da Alfândega.

Entre 1988 e 1994, Souto de Moura foi professor convidado em diversas universidades internacionais: Paris-Belleville (1988), Harvard e Dublinh (1989), ETH de Zurique (1990-91) e Lausanne (1994).

Prémio Pessoa em 1998, Souto de Moura deixou também a sua assinatura em obras como a reconversão do Mosteiro de Santa Maria de Bouro e o interior do Pavilhão de Portugal na Expo 98.

Helena Roseta manifesta "muita alegria" pelo prémio atribuído a Souto de Moura

Foi "com muita alegria" que a bastonária da Ordem dos Arquitectos, Helena Roseta, recebeu a notícia da atribuição do prémio FAD de Arquitectura 2005 a Souto de Moura.

Em declarações à Lusa, Helena Roseta recordou que o prémio FAD é um dos mais importantes galardões a nível ibérico e sublinhou que a sua atribuição a Souto de Moura significa o reconhecimento da qualidade da sua obra. "Isto tanto em Portugal como no estrangeiro", acrescentou, lembrando que a obra agora premiada (Estádio Municipal de Braga) já tinha ganho em Portugal o prémio Secil 2004.

Para Helena Roseta, o prémio significa também que a arquitectura portuguesa "está em boas mãos e tem uma capacidade de internacionalização muito grande".