“Creio que chegou a hora de acontecer algo em Cuba”, defendeu Obama, numa entrevista via internet em que respondeu a perguntas da comunidade hispânica residente nos Estados Unidos (cerca de 50 milhões de pessoas) – com uma esperada influência extremamente significativa nas próximas eleições presidenciais.

Mas para já, alertou o Presidente, ainda não se viu “um verdadeiro espírito de transformação que nos motive a levantar o embargo”. “Estou disposto a mudar a política em relação a Cuba se vir que o Governo está também disposto a dar liberdade ao seu povo”, insistiu, prometendo “respostas positivas” de Washington” a “sinais positivos” de Havana, exemplificando com a libertação de todos os presos políticos.

Obama disse ainda nesta entrevista estar a favor de que seja criada “uma via para a legalização” dos mais de 11 milhões de imigrantes sem documentos que se estima residirem nos Estados Unidos; mas sublinhou que a aprovação de uma nova lei sobre imigração no Congresso tem sido impedida pelos republicanos. “A lei tem que ser aprovada na Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, e obter 60 votos no Senado. E essa maioria não existe neste momento, tão pouco há uma liderança republicana que o possa conseguir”.