Obama defende mundo sem armas nucleares

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Barack Obama beija a mulher, Michelle, antes do discurso de hoje em Praga Jason Reed/Reuters

A existência de milhares de armas nucleares é a mais perigosa herança da Guerra Fria”, defendeu Obama num discurso perante mais de 20 mil pessoas em que se comprometeu a reduzir o arsenal nuclear norte-americano.

“Hoje a Guerra Fria desapareceu mas milhares de armas nucleares não”, disse Obama. “Os Estados Unidos, enquanto a única potência nuclear que alguma vez usou uma arma nuclear, têm a responsabilidade moral de agir”, disse o Presidente norte-americano. Depois acrescentou: “Não sou ingénuo, e sei que este objectivo não será alcançado rapidamente, e talvez não o seja durante a minha existência”. Mas garantiu que a sua Administração irá empenhar-se “com determinação” na ratificação pelo senado norte-americano do tratado para a interdição completa de ensaios nucleares. O tratado já foi ratificado por 148 países, mas não entrará em vigor até que seja também ratificado pelos EUA, China, Índia, Paquistão, Irão, Egipto, Indonésia e Coreia do Norte. “Chegou a hora de banir definitivamente os testes de armas nucleares”, adiantou Obama .

Sobre o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte, Obama considerou que “chegou a hora de uma resposta internacional e a Coreia do Norte deve saber que as questões de segurança não passam por armas ilegais”.

Ao centrar o seu discurso no tema do nuclear, Obama referiu-se também à questão do Irão e disse que “enquanto a ameaça iraniana persistir, vamos avançar com o sistema antimíssil” que os EUA pretendem instalar na Europa. “Mas se a ameaça iraniana deixar de existir, temos uma base sólida para a segurança e a força motriz para a construção de um escudo antimíssil na Europa será removida”.

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