As tintas são substituídas por mostarda e ketchup, ou molho de morango, chocolate e caramelo, atirados para uma tela com bastante vigor. Junta-se um cachorro quente ou uma banana e assim se faz a série Jackson  Pollock. A fotografia de gastronomia é sobretudo a combinação de duas coisas de que gosta Kyle Dreier, à qual junta uma boa dose de humor.

Muitas vezes o trabalho não é mais do que um jogo, como aconteceu com esta série, que resultou de uma colaboração entre Dreier e a food stylist Whitney Kemp. Queriam “reflectir a arte através do trabalho de fotografia de gastronomia”, diz Dreier à Revista 2 por email. “A ideia surgiu com relativa facilidade e foi divertido”.

O mesmo aconteceu com “Thai food”, onde basicamente se brinca com um jogo de palavras  - thai significa tailandês e é foneticamente idêntico a tie, ou seja, gravata ou laço. Depois disso, basta juntar alguns alimentos e dar-lhes a forma certa. A graça resulta por ser tão simples.

Dreier  diz que gosta de desafios e é frequente a comida tornar-se num – entre outras coisas devido à sua essência efémera. “A comida está ali e não dura muito tempo… a energia e atenção [que é preciso dar] para termos o resultado que queremos num curto espaço de tempo pode criar um pico de adrenalina”.

É o que faz este fotógrafo, que trabalha em Nashville, no Tennessee, desde 2009. E a brincar há quem o leve muito a sério.