Eléctrico histórico regressa à marginal marítima do Porto e carros perdem uma faixa
A Câmara do Porto revelou que vai “reestruturar profundamente” o trânsito em toda a zona da Foz.
De acordo com Matos Fernandes, o regresso do eléctrico histórico à frente marítima, entre os jardins do Passeio Alegre (na foz do rio Douro) e a praça Cidade São Salvador, em Matosinhos, é uma das principais novidades do Plano de Estrutura para a Frente Marítima do Porto que vai ser apresentada publicamente na terça-feira.
Entre as intervenções a fazer nas praias e nas avenidas Brasil e Montevideu, o responsável destaca a reposição do veículo histórico “num passeio alargado” e num canal próprio colocado junto à ciclovia existente, obrigando a remover uma das faixas de circulação automóvel no sentido Porto/Matosinhos.
Desse lado, a intenção é manter a fila de estacionamento na via pública junto ao passeio e, no trajecto inverso (sentido norte/sul), vão preservar-se as duas vias de rodagem, adiantou Matos Fernandes.
O presidente da Águas do Porto explicou estar em causa uma “proposta de plano”, a submeter a uma discussão pública de 15 dias.
“Penso que no fim de Janeiro o plano estará concluído”, observou Matos Fernandes.
O responsável admite que a intenção é prolongar o eléctrico até Matosinhos mas que, para já, a reposição será feita apenas no Porto, num canal com dois sentidos.
A questão da segurança da circulação pedonal e na ciclovia foi acautelada, e vai ser possível de fazer porque o espaço do passeio do lado do mar será “mais abundante”.
A Câmara do Porto revelou nesta segunda-feira que vai “reestruturar profundamente” o trânsito em toda a zona da Foz, nomeadamente na marginal marítima, reduzindo sentidos únicos para encurtar percursos e tornar a circulação mais ecológica.
Fonte oficial adiantou hoje à Lusa que diminuir a sinistralidade entre automóveis e peões é outro dos objectivos do Plano de Circulação da Foz que vai ser apresentado na terça-feira pelo presidente da autarquia, Rui Moreira.
No plano de circulação que se pretende implementar no primeiro trimestre de 2015 para “melhorar o trânsito” na zona mais ocidental da cidade, uma das intenções é limitar a quantidade de sentidos únicos nas ruas envolventes às avenidas Montevideu e Brasil (na frente marítima).
Fonte da Câmara do Porto explicou que a intenção é “encurtar percursos por razões ecológicas”, bem como “melhorar o trânsito e o tempo de percurso médio” na área que vai da Foz Velha até praça Gonçalves Zarco (conhecida como rotunda do Castelo do Queijo, onde termina a avenida da Boavista).
Nas avenidas Montevideu e Brasil as viaturas circulam em ambos os sentidos, mas as ruas envolventes são quase todas de sentidos únicos, obrigando a que, muitas vezes, os carros façam longos percursos por locais onde não querem passar ou que desemboquem outra vez nas avenidas principais.
A apresentação, aberta ao público, está marcada para as 18h30, no auditório da Universidade Católica do Porto.