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É uma das experiências obrigatórias em Lisboa e a boa notícia é que, se nunca a viveu, ainda vai a tempo. Isto porque, em Setembro, o Museu do Fado continua a organizar Visitas Cantadas aos domingos. É só marcar e aparecer.
Se, como terá dito Amália Rodrigues, “o fado é um mistério, nunca ninguém vai conseguir explicá-lo”, então a melhor forma de o tentar compreender será, simplesmente, escutando-o. E é isso que é possível nas Visitas Cantadas ao Museu do Fado iniciativa que permite entrar no universo do fado da melhor forma possível, isto é, a ouvi-lo. A actividade realiza-se todos os domingos, pelas 16 horas, durante o mês de Setembro. Mas como se trata de uma experiência sempre muito concorrida – e limitada no tempo - o melhor é reservar com alguma antecedência.
O programa inclui fado ao vivo, cantado durante a habitual visita guiada à exposição permanente do museu. As interpretações estão a cargo de jovens fadistas, como é o caso de André Gomes, que fará as honras da casa no dia 2 de Setembro, seguindo-se a vencedora da última edição da Grande Noite do Fado da Freguesia de Santa Maria Maior, Inês Pereira, que cantará a visita de 9 de Setembro. Uma semana mais tarde, no dia 16 de Setembro, é Marcelo Rebelo da Costa que receberá os visitantes do Museu do Fado com a sua voz. Ana Margarida e Miguel Camões são os anfitriões das tardes de 23 de Setembro e 30 de Setembro, respectivamente. Em comum todos têm o facto de integrarem a nova geração do fado, cantando desde pequenos, sendo-lhes reconhecida a capacidade de sentirem os poemas que interpretam no fundo da alma e do coração, com amor, sorte e saudade – os requisitos para se ser um fadista de essência. Em Agosto, as Visitas Cantadas foram protagonizadas por Joana Almeida, Maurício Cordeiro, Marta Rosa e Beatriz Felizardo.
A história do fado cantada
Ao longo da visita ao museu a história do fado é contada – e cantada - desde o seu surgimento, no século XIX em Lisboa, até à actualidade. Através de pinturas, instrumentos musicais, trajes e memorabilia diversa, é possível acompanhar também a evolução da guitarra portuguesa, o tradicional ambiente das casas de fado e ainda o percurso de dezenas de fadistas, músicos e outros protagonistas fundamentais para o desenvolvimento deste género musical. Acessível a quem visita o museu até final de Setembro está ainda a exposição temporária “O Maravilhoso Mundo da Música Mecânica”, que permite aceder ao fado através de caixas de música, realejos, pianolas e outros mecanismos. Resultante de uma parceria entre o Museu do Fado e o Museu da Música Mecânica (MMM), esta exposição reúne mecanismos construídos entre finais do século XIX e início do século XX, todos pertencentes à colecção de Luís Cangueiro, o fundador e responsável do MMM.
As Visitas Cantadas já se realizaram em anos anteriores e muitos foram os artistas de diversas gerações que apadrinharam a iniciativa, nomeadamente, Anita Guerreiro, Maria Armanda, António Pinto Basto, Rodrigo Costa Félix, Ana Sofia Varela, Pedro Galveias, Ricardo Ribeiro ou Cuca Roseta, entre muitos outros.
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