Salas de chuto em Lisboa podem avançar em breve
a A vereadora da Acção Social na Câmara de Lisboa, Ana Sara Brito (PS), defendeu ontem a instalação de espaços para injecção assistida na cidade, uma medida que pondera avançar ainda este mandato.A autarca afirmou ser inclusivamente "a favor" da criação de uma sala de injecção assistida fixa, e não apenas de unidades móveis de saúde com essa função, como defendeu o presidente da câmara, António Costa, durante a campanha eleitoral.
Ana Sara Brito ressalvou, contudo, que a instalação de uma unidade fixa implica trabalho com a população "explicando às pessoas que residem nestes locais o que é que se coloca, porque é que se faz, porque é que está ali".
A vereadora considera que a instalação da sala não pode ser repentina, fruto de uma "moda", e "sem trabalhar a zona. Se se perguntar à maior parte das pessoas, estas dirão que em Alvalade nunca, em Campo Ourique nem pensar, na Baixa nem pensar", afirmou, acrescentando que "a cidade é um todo, vamos ver onde é melhor". A responsável colocou de lado a hipótese de avançar com esta medida ainda este ano, mas "este mandato sim".
A criação de salas de injecção assistida chegou a ser aprovada no mandato anterior, presidido por Carmona Rodrigues (apoiado pelo PSD), mas a crise na autarquia e a convocação de eleições intercalares não permitiram a concretização do projecto.
A criação de Instalações de Consumo Apoiado para a Recuperação (ICAR) foi uma proposta do anterior vereador da Acção Social, Sérgio Lipari Pinto. A instalação das ICAR chegou a estar prevista para a Quinta do Lavrado, na freguesia de São João, e no bairro do Charquinho, em Benfica, onde funcionam gabinetes de apoio aos toxicodependentes. Lusa