Robert Schuman (1886 - 1963)
Francês, alemão. Católico centrista
A sua actuação é fundamental para tratados e iniciativas, como o Conselho da Europa, o Plano Marshall e a NATO. Enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros de França, juntamente com Jean Monnet, elabora o Plano Schuman, que propunha o controlo conjunto da produção do aço e do carvão, matérias-primas essenciais para a indústria de guerra, através da criação de uma alta autoridade. A ideia subjacente era a de que um país que não controlasse a produção destas matérias-primas “não estaria em condições de declarar guerra a outro”. A iniciativa leva à Comunidade Económica Europeia do Carvão e do Aço. É o primeiro presidente do Parlamento Europeu.
Alcide de Gasperi (1881 - 1954)
Italiano. Cristão-democrata
Primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros da Itália. Vive a I Grande Guerra e é preso pelo poder facista em Itália entre 1927 e 1929, experiências que contribuem para a sua convicção de que só a união da Europa pode evitar a repetição de situações semelhantes. Colabora no Plano Marshall e desenvolve os laços económicos com outros países europeus, em especial com a França. Apoia o Plano Schuman e contribui para desenvolver a ideia de uma política europeia comum de defesa (que acabou por não se concretizar). É considerado uma “força inspiradora” no processo de criação da Comunidade Económica Europeia.
Paul-Henri Spaak (1899 - 1972)
Belga. Socialista
Aos 15 anos ingressa no Exército belga durante a Primeira Guerra Mundial. Capturado pelos alemães, passa dois anos num campo de prisioneiros. Em 1920 torna-se membro do Partido Trabalhista Belga. Em 1938 já ocupa o cargo de primeiro-ministro da Bélgica. Em 1945 é eleito presidente da primeira sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. É um orador eloquente, persuasivo, capacidades que, aliadas à sua visão da cooperação europeia, fazem dele uma das personalidades que mais contribuem para a união da Europa. Fica na história como impulsionador da integração europeia.
Jean Monnet (1888 - 1979)
Francês. Independente
Natural da região de Cognac, em França, viaja por outros países como comerciante de conhaque e, mais tarde, como banqueiro. Em 1919, aos 31 anos de idade, é nomeado secretário-geral adjunto da Liga das Nações (precursora das Nações Unidas). Durante a Segunda Guerra Mundial é presidente da Comissão franco-britânica de Coordenação Económica e sugere uma união entre a França e a Grã-Bretanha a Churchill. Homem de negócios e consultor económico e político, dedica a sua vida à causa da união europeia. É co-autor do Plano Schuman.
Winston Churchill (1874 - 1964)
Britânico. Conservador
Winston Churchill, antigo oficial do Exército, repórter de guerra e primeiro-ministro britânico por duas vezes. Assume o cargo de primeiro-ministro da Grã-Bretanha pela primeira vez em 1940, durante os anos da guerra. Excelente orador, os seus discursos inspirados e eloquentes incentivam os britânicos a ter esperança e determinação. Em 1946, logo após o fim da guerra, profere um discurso na Universidade de Zurique no qual preconiza a criação dos “Estados Unidos da Europa”, instando os europeus “a virarem as costas aos horrores do passado e a olharem para o futuro”. Torna-se um impulsionador da integração europeia e um combatente activo pela sua causa.
Konrad Adenauer (1876 - 1967)
Alemão. Cristão-democrata
É chanceler da República Federal da Alemanha entre 1949 (tinha 73 anos) e 1963, numa Alemanha em reconstrução. É autor da reconciliação com a França, pilar fundamental da sua política externa. O Tratado do Eliseu, assinado em 1963, é um tratado de amizade entre a Alemanha e a França, países com uma rivalidade histórica, e constitui um dos marcos do processo de integração europeia. Consegue que os outros países europeus confiem na Alemanha, pilar da cooperação e da união que se formava. Em 2003 é eleito “o maior alemão de todos os tempos” pelos alemães.